Algumas Características da Função Logística

Como Era a Logística Empresarial Antes de 1950? Como Evoluiu a Logística Empresarial? Como Conseguir Vantagem Competitiva Através da Logística?
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Após a Revolução Industrial as primeiras manufaturas já se deparavam com questões complexas como aquisição de matérias-primas, planejamento de produção e distribuição física de seus produtos e, por esse motivo, as modernas organizações não deveriam considerar a Logística Empresarial como sendo algo inovador.
Entretanto, o reconhecimento da necessidade de estruturação desta função nas empresas é um tema bem atual, pois as organizações militares foram a primeira forma de organização humana a considerar a importância do planejamento em níveis estratégicos, táticos e operacionais da função logística.
Sob o comando de Napoleão Bonaparte, seus soldados foram mortos na Rússia (1812) em sua maioria por inanição e frio, pois em vez de desferir golpes de baioneta o exército inimigo limitava-se a queimar plantações e impedir o acesso dos franceses a comida e abrigo.
Desde então, o planejamento de suprimentos vem sendo vital para o sucesso das operações militares. Ainda hoje, com a sofisticação das práticas militares, as grandes potências armadas são capazes de deslocar verdadeiros arsenais através de milhares de quilômetros e tem formalizada e prestigiada, a função logística em sua organização.
Antes de 1950, a função Logística nas organizações estava totalmente indefinida e os conflitos de gerenciamento eram inevitáveis, pois as empresas fragmentavam a administração das atividades-chaves da Logística.
Ou seja, o transporte era encontrado sob o comando gerencial da produção e o processamento de pedidos – por exemplo – era controlado pela área de finanças ou de vendas. Isso resultava em conflito de objetivos e de responsabilidades para as atividades logísticas.
Dessa forma, foi somente após a década de 50 que as organizações começaram a perceber a necessidade de desenvolver operações desde a concepção até a venda de seus produtos. Diante disso, a administração da cadeia de suprimentos de uma empresa passou a ser a definição mais moderna do papel desta importante função.
Vale ressaltar que as evoluções na tecnologia da informação, nas telecomunicações e a crescente disponibilidade de computação a um baixo custo, foram importantes catalisadores, desta onda de transformações vivida na Logística Empresarial: _ a integração das cadeias de suprimento.
Nesta cadeia formada por uma sucessão de clientes e fornecedores há um fluxo contínuo de materiais e informações, visando o atendimento das demandas do mercado consumidor final.
Atualmente, a palavra de ordem entre os gestores empresariais é a continuada busca pela criação e pela manutenção da vantagem competitiva, a qual é uma medida dinâmica e relativa da sua capacidade de satisfazer, superando as expectativas de seus clientes de forma eficaz, garantido assim lucros progressivos e uma crescente valorização do negócio.
Portanto, para o sucesso de uma organização é preciso o conhecimento do modelo de expectativas do mercado e, em última instância, o seu atendimento, diminuindo ao máximo, a lacuna existente entre o que é entregue e o que é demandado.
Em um ambiente de grande competição e fronteiras cada vez mais distantes, as empresas percebem que muitas expectativas de seus clientes – tais como prazo de entrega, prazo de validade e disponibilidade imediata de mercadorias – estavam intimamente ligadas à qualidade dos seus serviços logísticos.
Em nosso país – que apresenta carência de condições infra-estruturais, como estradas e portos e uma economia que ainda inspira certos cuidados – as empresas operam como em um jogo de xadrez, onde as peças são produtos, matérias primas, informações e recursos. Portanto, a empresa que melhor conseguir mover suas peças neste enorme tabuleiro, poderá marcar pontos sob forma de lucros para seus acionistas.

Processos Logísticos – Atendimento de Pedidos, Estocagem, Movimentação de Materiais, de Insumos e de Produtos Acabados

No Que se Refere às Tendências Atuais, Como a Logística Deve Ser Encarada? Onde Movimentar os Produtos Acabados?

Segundo BALLOU ([1]) a administração eficaz da logística complementa o esforço de marketing das organizações, o que proporciona um eficaz direcionamento do produto ao cliente e coloca o produto no lugar certo e no momento certo.  Se trabalharmos com uma aderência entre a excelência e o propósito, os processos logísticos deverão ter resultados ótimos, permeados por uma qualidade e um nível de serviço, agradando assim os stakeholders do processo. O acompanhamento direto de todo o processo logístico na empresa representa a ligação estreita com os interesses do cliente, e este é um dos objetivos da estratégia logística.

No que se refere às tendências atuais, a Logística deve ser encarada com vistas às expectativas dos clientes, redução de custos, organização interna da empresa, produção, operação, processos, demanda, vendas, suprimentos e tecnologia bem aplicada e direcionada em todos esses setores. Conforme CARVALHO ([2]), a melhoria contínua pode ser considerada a principal atividade apresentada nos processos, e podemos assegurar que estes processos estejam em constante atualização.

Movimentação de Materiais (Atividades Principais da Movimentação ou Manuseio de Materiais)

1) Carga e Descarga

A primeira e a última das atividades na cadeia de eventos de manuseio dos materiais são a carga e a descarga. Quando os produtos chegam a um armazém, precisam ser descarregados do equipamento de transporte. Em muitos casos, a descarga e a remoção para o estoque são realizadas em uma única operação. Em outros, elas constituem dois processos separados, que às vezes necessitam de equipamento especial.

Por exemplo, navios são descarregados nos portos com guindastes, e os vagões tremonha são virados de lado por descarregadores mecânicos (BALLOU, 2006). Mesmo quando o equipamento de descarga não é diferente do equipamento usado para levar os produtos até a estocagem, a descarga pode ser tratada como atividade separada, pois as mercadorias às vezes são desembarcadas e só então contadas, inspecionadas e classificadas antes de serem removidas para áreas de estocagem no armazém.

2) Movimentação na Estocagem

Entre os pontos de carga e descarga em uma instalação de estocagem, há produtos que chegam a ser movimentados diversas vezes ao longo de sua permanência. A primeira movimentação é aquela do ponto de descarga par a área de estocagem. Depois, a movimentação se dá a partir do estoque ou da área de separação de pedidos para a doca de embarque. A utilização da área de separação de pedidos na operação de manuseio cria um ponto adicional de ligação e conexão na rede do sistema de estocagem.

A atividade real de movimentação pode ser concretizada utilizando-se qualquer número dos diversos tipos de equipamentos disponíveis de manuseio de materiais. Eles vão desde carrinhos manuais de carga até sistemas totalmente automatizados e computadorizados de empilhamento e localização de mercadorias estocadas.

3) Atendimento dos Pedidos

O atendimento dos pedidos é a seleção dos estoques das áreas de armazenagem de acordo com as ordens de venda. A seleção dos pedidos pode ser feita diretamente das áreas de estocagem semipermanente ou de grandes volumes, ou a partir de áreas (chamadas de áreas de separação de pedidos) especialmente destinadas para quantidades fracionadas. O atendimento dos pedidos é muitas vezes a mais delicada das atividades de manuseio de materiais, porque lidar com pedidos de pequeno volume exige muita mão de obra e custa mais do que outras atividades de manuseio de materiais (BALLOU, 2006).  

4) Movimentação dos Insumos

A produção tem suas atividades circulando em função do apoio direto do setor de movimentação de materiais através da movimentação de matérias-primas, equipamentos e demais recursos vindos do almoxarifado. Em algumas empresas essa responsabilidade é atribuída ao almoxarifado. Suas atividades baseiam-se no fluxo de abastecimento de insumos e materiais, o qual define passo a passo as necessidades de cada célula de produção.

O setor de movimentação de materiais é responsável pelo abastecimento e movimentação de todo e qualquer produto, insumo, máquina, equipamento, ferramenta e embalagem que possam ser utilizados na fábrica. No caso específico de movimentação de equipamentos especiais que requeiram máquinas e pessoal especializado, feito por terceiros, cabe ao setor de movimentação de materiais a responsabilidade de coordenar esse trabalho a fim de evitar a paralisação da produção.

As embalagens usadas na fábrica devem ser identificadas de forma padronizada, devendo constar a tara, o nome do fornecedor (quando de terceiros), a célula em que é utilizada e, no caso de embalagens específicas para determinado produto, deve constar o código, o nome, a quantidade, o peso bruto, o cliente ou fornecedor e o local de uso. Os equipamentos de movimentação e transporte externo ou interno da fábrica, com exceção de automóveis e caminhões, são de responsabilidade do pessoal da movimentação de materiais, que deve zelar pela sua guarda, uso e manutenção.

Esses equipamentos somente devem ser usados por pessoas habilitadas e autorizadas. A requisição e a retirada dos insumos comprados para transformação em produtos acabados devem ser feitas pela produção. O almoxarifado, por meio das informações contidas nas ordens de produção ou autorizações de fabricação recebida da Programação e Controle da Produção (PCP), separa os materiais e os coloca na área de segregação predeterminada, devidamente identificados.

A movimentação externa de materiais sob controle do almoxarifado abrange, dependendo do tamanho da empresa, o pátio de ferramentas, as embalagens, aos materiais beneficiados por terceiros, a sucata e o lixo reciclado. Esse trabalho deve ser executado diariamente e o seu controle deve ser muito rigoroso para evitar a possibilidade de descarte de produtos que podem ser reutilizados.

5) Movimentação de Produtos Acabados

A área de expedição é o local de guarda de produtos acabados e de materiais de devolução enviados para beneficiamento ou para outra atividade. A entrada dos produtos na expedição é feita por meio de documento de transferência interna emitido pelo PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção) ou por Nota Fiscal. Nenhum material (PA – Produto Acabado) pode entrar na área de expedição sem uma identificação, devendo ter data e lote de fabricação para alimentar o sistema de controle de estoques PEPS (Primeiro que entra, Primeiro que sai).

A saída de materiais da expedição somente pode ocorrer com a respectiva Nota Fiscal. O processamento das Notas Fiscais existe para dimensionar a carga de um caminhão ou de outro tipo de carregamento. Quando se trata de uma transportadora, além das Notas Fiscais, as mercadorias devem ser acompanhadas dos seguintes documentos: Conhecimento, Romaneio e Manifesto de Carga.


([1]BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006.

([2]CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.

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LOGÍSTICA – Elementos Básicos, Conceitos e Evolução

Quais São as Origens da Logística? Como se Define a Logística? Quais as Características da Primeira Fase de Atuação Segmentada da Logística? Como Traçar Uma Análise Cronológica da Logística?

Na Grécia Antiga e no Império Romano, os oficiais militares com o título de “Logistikas” eram responsáveis pelos assuntos financeiros e de distribuição de suprimentos e, em função disso, o conceito de Logística estava essencialmente ligado às operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter sob suas ordens uma equipe que providenciasse o deslocamento de munição, viveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. E, por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam em silêncio, na retaguarda.

Conceitos de Logística

MARTINS e LAUGENI ([1]) definem a Logística como sendo o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e do custo efetivo relacionado ao fluxo de armazenagem de matéria-prima, material em processo e produto acabado, bem como do fluxo de informações do ponto de origem ao ponto de consumo com o objetivo de atender às exigências do cliente. Mas, para CARVALHO ([2]), a Logística seria a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações relativas a eles, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.

Já o Conselho Profissional de Administração de Cadeias de Suprimentos, define a Logística como um conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem necessária, de modo a facilitar o fluxo de produtos do ponto de aquisição de matéria-prima até o ponto de consumo final, como também dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, obtendo níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo justo para ambas as partes. Como se observa nessa abrangência de atividades logísticas, uma posição em uma empresa pequena pode envolver todas estas atividades, enquanto o trabalho em uma grande corporação pode significar estar envolvido com uma única ou algumas poucas áreas.

Evolução da Logística

Segundo NOVAES ([3]), a evolução da Logística pode ser dividida em quatro (4) fases, sendo elas:

Primeira Fase (Atuação Segmentada):

  • O estoque é o elemento-chave no balanceamento da cadeia de suprimento.
  • A manufatura produz um determinado produto e o coloca no estoque do depósito da fábrica, funcionando como repositores de estoques
  • Os estoques atuam como um pulmão entre a manufatura e os depósitos e centros de distribuição.
  • Consideram-se os estoques em trânsito (sendo transportados entre pontos diversos).

Segunda Fase (Integração Rígida):

  • O marketing incute nos consumidores o interesse por produtos mais variados;
  • A manufatura se torna mais flexível;
  • Os estoques aumentam ao longo da cadeia logística;
  • Maior racionalização da cadeia de suprimento, visando menores custos e maior eficiência;
  • Novas alternativas de escoamento dos fluxos logísticos através da multimodalidade no transporte de mercadorias (combinado de caminhão, trem, navio e avião);
  • Racionalização integrada da cadeia logística de suprimento através da otimização de atividades e planejamento.

Terceira Fase (Integração Flexível):

  • Integração dinâmica e flexível dentro da empresa;
  • Integração dinâmica e flexível nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes;
  • Intercâmbio de informações entre elementos da cadeia de suprimento (EDI – Intercâmbio Eletrônico de Dados);
  • Maior preocupação com a satisfação plena do cliente;
  • Busca pelas reduções continuadas nos níveis de estoques (estoque zero).

Quarta Fase (Integração Estratégica):

  • As empresas participantes da cadeia de suprimentos passam a buscar soluções novas, usando a Logística para ganhar competitividade e novos negócios;
  • Surgimento do conceito SCM – Suplly Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento);
  • Busca a redução de estoques e maior qualidade do serviço logístico;
  • Intenso intercâmbio de informações, visando formação de parcerias entre fornecedores e clientes.

Diante disso, pode-se traçar uma análise cronológica da Logística da seguinte forma:

  • Antes dos Anos 50: Não havia uma filosofia dominante para conduzi-la.
  • Entre os Anos 50 e 70: Com um ambiente voltado para novidades na área administrativa, realmente houve a decolagem da teoria e da prática da Logística.
  • Anos 70: Melhoria contínua e qualidade total
  • Anos 80: Excelência em manufatura (Kanban. JIT, células de produção e estoque zero)
  • Anos 90: Globalização, proporcionando a redução no ciclo de pedidos e terceirização das atividades logísticas.
  • Anos 2000: Integração no Suply Chain, tecnologia, colaboração de fornecedores e clientes.

([1]MARTINS, Petronio G.; LAUGENI, v. 1. Fernando P. Administração da produção. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

([2]CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.

([3]NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Elsevier, 2007

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O Processo de Transporte de Cargas Nas Organizações

Quem São os Principais Atores Envolvidos no Processo de Transporte? Quais os Modais de Transportes Utilizados no Brasil? O Que é Transporte Multimodal de Cargas?

Transporte é a ligação física que conecta as empresas aos fornecedores e clientes. Nas organizações essa função agrega um importante valor aos negócios porque disponibiliza produtos no momento e no local solicitado pelos clientes. Os principais objetivos do transporte são:

  • Deslocar espacialmente pessoas ou mercadorias;
  • Integridade da carga, impedindo que ela seja avariada, roubada ou extraviada;
  • Entrega do produto em perfeitas condições no ponto de destino, com estrito respeito aos prazos e aumentando a confiabilidade do serviço.

Os principais envolvidos no processo de transporte são:

  • Empresas: Produtoras e Receptoras de Produtos.
  • Embarcadores: Próprias Empresas; Operador Logístico.
  • Transportadores: Empresas de Transporte; Autônomos.
  • Governo: Políticas e infraestrutura do setor; Regulamentação, controle e fiscalização; Taxas e impostos.
  • Agenciadores de Carga
  • Consumidores.

Modais de Transportes

Um sistema de transporte é formado pelas vias de transporte (modais), pela forma como esses vários modais se relacionam entre si, pelo meio usado (elemento transportador) e pelas instalações complementares (terminais de carga). Ele pode ser dividido em:

Aquaviário

  • Marítimo: grande capacidade e longas distâncias / cargas em fardos, caixotes, granéis e contêineres / transporte internacional.
  • Fluvial: grande capacidade (superior a 1.100 t) / cargas, principalmente granéis / transporte nacional.
  • Ferroviário: O sistema ferroviário brasileiro transporta em torno de 35% do total de cargas, principalmente grãos e minérios. O custo do frete é menor que o rodoviário.
  • Dutoviário: O transporte dutoviário pode ser dividido em:

– Oleodutos, cujos produtos transportados são em sua grande maioria: petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene, nafta, entre outros.

– Minerodutos, cujos produtos transportados são: sal-gema, minério de ferro e concentrado fosfático.

– Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural. O gasoduto Brasil-Bolívia (3.150 km de extensão) é um dos maiores do mundo.

  • Rodoviário: O sistema rodoviário brasileiro transporta 60,5% do total de tonelada x quilômetro das cargas nacionais. É o único modal que faz o transporte de mercadorias de uma porta à outra. O transporte rodoviário é aquele realizado sobre rodas nas vias de rodagem pavimentadas ou não para transporte de mercadorias e pessoas, sendo, na maioria das vezes, realizado por veículos automotores. Esse tipo de transporte deveria ser utilizado preferencialmente para o transporte de mercadorias de alto valor ou perecíveis e produtos acabados ou semiacabados para curta e média distância. Contudo, no Brasil, continua sendo usado no transporte de longo percurso de commodities agrícolas.
  • Aéreo: Considerado o mais rápido de todos, e também o mais caro. Apesar de ter uma grande capacidade de resposta nas entregas, o seu uso é restrito a cidades e regiões que possuem aeroportos. No modo aéreo existem os serviços regulares, contratuais e próprios. O serviço aéreo é oferecido em alguns dos sete tipos: (1) linhas-tronco domésticas regulares, (2) linhas exclusivamente cargueiras, (3) linhas locais, (4) linhas suplementares, (5) táxi aéreo, (6) linhas de alimentação regional e (7) linhas internacionais ([1]).

Transporte Multimodal de Cargas

É aquele que utiliza um único contrato e duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um operador de transporte multimodal – OTM. (Transporte regulado pela lei nº 9.611 de 1998). O conhecimento de transporte multimodal de cargas é aquele que utiliza o contrato de transporte multimodal e rege toda a operação de transporte, desde o recebimento da carga até a sua entrega no destino, podendo ser negociável ou não, a critério do expedidor.

O operador de transporte multimodal é a pessoa jurídica contratada para a realização do transporte multimodal de cargas, da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros. O transporte multimodal implica o uso de transporte terrestre, por isso a lei nº 10.233/01 dispõe que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) será responsável pela habilitação dos OTMs, em articulação com as demais agências e entidades de transporte.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.

CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Pearson Education, 2009.

NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Elsevier, 2007.


([1]BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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Meu Livro: “LOGÍSTICA EMPRESARIAL – Conceitos, Definições e Cadeia de Suprimentos”

Atualmente, a gestão integrada da Cadeia Logística desempenha um enorme papel para que as empresas se tornem competitivas, pois esse gerenciamento permitirá acompanhar facilmente o fluxo de material em todas as etapas do processo logístico. Isto é, no suprimento, na produção e na distribuição, possibilitando que os gestores tomem decisões acertadas sobre esse assunto tão complexo e ao mesmo tempo tão relevante

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https://clubedeautores.com.br/livro/logistica-empresarial